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31 janeiro 2015

Caixa de sonhos



Os últimos anos que se passaram foram diferentes pra mim. Neles reavaliei comportamentos, modifiquei algumas atitudes, mudei o ângulo do olhar. Mas também dei a devida importância aos pequenos momentos e sensações. A vida da gente passa muito depressa, os dias voam e por vezes deixamos de celebrar os pequenos acontecimentos diários.
Desde muito pequena tenho a mania de colecionar. Tive coleções diversas: papéis de carta, moedas e figurinhas. Minhas coleções eram muito especiais pra mim e elas sempre tiveram um lugarzinho cativo e um tratamento VIP entre as minhas coisas. Meus tesouros, minhas relíquias, ninguém sequer poderia mexer nelas. Tão especiais!
Esse ato de colecionar voltou a fazer parte dos meus dias. Arrumei uma bela caixa, onde guardo as emoções de momentos importantes que vivi e são tantos. Momentos e recordações infindáveis. Minha nova coleção agora são de lembranças, esses breves e intensos momentos de extrema felicidade. Guardo com muito carinho essa nova caixa de vida. Resolvi colecionar aquilo que de fato é importante pra mim e faz dos meus dias raros acontecimentos.

Minha caixa de sonhos. Nela estão os maiores tesouros que já tive. Além de meus alunos que fazem meus dias surpreendentes há também nessa caixa anjos especiais que encontrei pelo caminho: os amigos. Encontro-os todos os dias, recebo deles além dos demorados abraços que tanto amo, compreensão, carinho, apoio e amor. Embalam os dias recheando-os de grandes e colecionáveis momentos.
São com pequenas atitudes diárias que me alimento com o mais saboroso pedaço do dia. Sem glúten, sem açúcar, sem calorias, mas deliciosos pedacinhos de ternura. Ah... o que seríamos de nós se não tivéssemos esse sabor de vida. Perfeita sintonia de um convívio mágico.
Que essa imensa caixa de sonhos seja grande o suficiente para aconchegar nossos sentimentos. Que dentro dessa caixa possamos aumentar os laços, superar os desafios, cumprir nossas metas sempre embalado pelo afeto de nossa amizade.
Concluo com um trecho de NatyHill Antunes :
"Gostoso mesmo, é ter por perto pessoas que querem nosso bem. Que nos incentivam a sermos cada dia melhores. Pessoas que conhecem de longe nossa essência. E nem perguntam o por que das coisas. Simplesmente estão ali do nosso lado. Abraçando nossa história."
Ps- Versão adaptada para publicação.
Aos amigos, em especial à Equipe Joaquim Pereira

30 janeiro 2015

Memórias de uma infância feliz



Era pra ser só mais um passeio de carro com papai: "Vamos filha, passear de carro?" A resposta afirmativa não era mesmo surpresa. Como eu gostava de passear com ele. Íamos sempre ao ferro velho, ver umas coisinhas antigas pra comprar e a passada pelo Mercadão de Guará, pra comprar umas salsichas e outras tantas coisas que ele decidia circulando pelas bancas. Depois, uma rápida visita à banca de jornal para que ele pudesse me dar um sorriso de presente: meu gibi!
Estava começando a aprender a ler e os gibis eram sim minha leitura preferida: Mônica, Magali, Cascão, Cebolinha, Chico Bento, qualquer um deles me fazia feliz. Saboreava cada letrinha, cada historinha e ele sabia o quanto isso era realmente importante pra mim.
Assim meu pai ia, sem querer, incentivando-me a querer sempre mais. A leitura começou a fazer parte dos meus dias bem cedo e nunca mais consegui parar. Carrego comigo as lembranças inesquecíveis dessa convivência mágica entre pai e filha.

Estive hoje em um sebo dentro do Mercadão Municipal. Consegui encontrar gibis da turma da Mônica bem semelhantes aos que ele comprava pra mim. Quando entro naquele ambiente, parece até que sinto o cheiro daquele tempo tão especial. Tudo me faz lembrar dele.

Comprei os gibis contando para minha filha essa história de minha infância e ela saiu de lá com a sacolinha cheia deles para se deliciar, assim como eu fazia. Levo também para meus alunos e tentar fazer do muito que sinto uma experiência de leitura prazerosa para eles também.
Deixei para trás os outros gibis que também gostaria de comprar, mas não pude. Deixei também o registro de um novo momento com as minhas meninas, trazendo a tona recordações de um passado maravilhoso. Memórias de uma infância feliz.

23 janeiro 2015

As palavras...


Descobri que amo as palavras. Amo os trechos bem escritos que traduzem vivências, lembranças e sentimentos. Amo essa coisa de juntá-las e perceber que elas traduzem sempre algo de importante que se passa conosco.
Amo essa maneira delicada de sentir o conforto que elas trazem em um momento de ansiedade. Amo quando elas amenizam uma tristeza qualquer. Amo também quando elas fazem refletir sobre algo que estamos fazendo e que talvez não deveríamos fazer.
Amo quando elas conversam com minhas emoções e acabam me envolvendo de paz. Sim, essa paz que eu sinto agora. Por isso leio, pois através das palavras de alguém consigo encontrar com as minhas e organizar esse pensamento louco, essa mania de sentir.

20 janeiro 2015

Magia... minha poesia...



Foi num encontro mágico entre palavras e emoções que te vi.
Levou meus sentidos.
Lembrou-me os instantes de promessas recitadas como orações.
Desde então pude me ver cercada por rios em mergulhos profundos de sentimentos sem fim.
Nessa natureza de sensações,criei asas, voei timidamente sem rumo e sem direção.

Até o o momento do reencontro.
No caminho, palavras. Pesquei cada uma delas para que juntas pudessem me dar forças.

Enfrentar possíveis renúncias.
Foi preciso tempo.
Reencontrei-me contigo.

Fiz das as palavras perdidas versos e deles poemas.
Fiz vida. Fiz memórias. Fiz lembranças.
Agora existo.

Alívio


Trouxe de volta um passado
Oferecendo-lhe um presente
Literalmente...
O futuro suspirou aliviado.

Educação como solução: uma corrente do bem.






 Vivemos num mundo cercado de barbáries. Os mais diversos crimes são cometidos, a violência avança atingindo a todos de maneira cruel. Mesmo aqueles que nada tem a ver com a situação acabam pagando as consequências desses atos sendo prisioneiros em suas próprias casas. Não há mais como estar circulando pelas ruas diante de assaltos, consumo de drogas e violências em geral. 
O mundo se transformou num grande perigo e nós viramos reféns de erros que não cometemos. Policiais não mais dão conta de controlar essa situação, isso quando não estão envolvidos nas atrocidades cometidas. Deveríamos estar seguros, pois temos o nosso sistema judiciário e leis que regem todos os crimes cometidos em nosso país, mas são tantos e esse sistema já não dá conta de julgar tantos atos errôneos.
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, foi condenado na Indonésia pelo crime de tráfico. O mais alto grau de julgamento foi destinado a ele, a pena de morte. Cada país possui as suas próprias leis e dão a elas seu peso. Lá o tráfico de drogas é encarado como um crime de alta gravidade e o brasileiro foi condenado a morrer pelo seu ato. 
Matar alguém por um crime que tenha cometido pode ser uma solução imediata para o caso e possivelmente amedrontar alguns traficantes que cometem o mesmo delito, porém não resolve o problema do tráfico em nenhum lugar do mundo. 
O mundo está carente mesmo é de educação. Se um país tivesse mesmo a preocupação de melhorar a segurança de seu território, investiria em escolas, professores e projetos educacionais eficientes a fim de propagar as boas virtudes necessárias para formar seres humanos sensíveis, afetuosos e preocupados com seu semelhante. 
Tirar a vida de alguém, não é um exemplo de justiça, mas a demonstração de que não somos capazes de outras medidas sociais para contornar a situação catastrófica do tráfico e da violência no mundo. Marco Archer morreu, fuzilado e o tráfico continua a acontecer na Indonésia e em todos os lugares desse nosso mundão de Deus. Sua morte não solucionou o problema.
A solução para tais problemas não acontecem da noite para o dia. É necessário informação e boa vontade política. Sendo assim, o que nós, cidadãos, poderemos fazer? Apenas disseminar conhecimento, sensibilidade e afeto, na tentativa de que o pouco que possamos fazer, atinja de alguma forma o coração das pessoas e quem sabe, incentivar uma corrente do bem.

19 janeiro 2015

Marla de Queiroz


Tenho lido com frequência e sentindo uma deliciosa e enriquecedora identificação com Marla de Queiroz. Nesse trecho, faço delas, minhas palavras, a fim de justificar essa mania de escrever:

"Porque, no final das contas, o que escrevo nem é poesia... é prosa, é carta, é desabafo, é qualquer coisa. É um bilhete manuscrito pregado no espelho só pra desejar “Bom Dia!"

__Marla de Queiroz

Mas já que passa...rs

13 janeiro 2015

Encantada



Meu tempo era curto...
eu sabia
tive pressa
e me atropelei em monte de histórias...
revirei os contos de fadas.
Não deu tempo de dizer tudo
Fica para a próxima noite...
afinal, teremos outros dias pra terminar de contar...

Lá no fim do arco-íris



Existe uma história bem conhecida de que no final do arco-íris há um pote de ouro. Quem consegue chegar lá terá como prêmio esse tesouro. Utilizam-se metáforas como essa para justificar tudo aquilo que tanto queremos alcançar na vida. Nossas metas estão sempre lá, no final do arco-íris, bem distantes e o caminho a percorrer para se alcançar o tão desejado feito é mesmo longo.
Delimitamos nossos objetivos de vida e corremos atrás dele. São tantos e muito pessoais: adquirir uma casa própria, concluir os estudos, conquistar um amor, completar uma coleção. Pois é. Não há conquista sem sacrifício, temos que arregaçar as mangas e procurar meios para que se possa atingi-lo. Utilizamos então todos os recursos possíveis.
Minha convicta insegurança fez com que nunca me sentisse capaz de muita coisa. Mas o medo de arriscar não me impediu de sonhar e a cada dia superar meus fantasmas para conseguir o que pretendia Fui amadurecendo ideias, criando estratégias e lutando muito para realizar meus feitos. Nunca fui de desistir fácil de um desejo e consegui chegar ao fim do arco-íris algumas vezes.
Estipular metas e correr riscos atrás dos seus sonhos requer persistência e força de vontade. Medo e insegurança não nos impedem de chegar lá. Mesmo que alguns dos seus objetivos não se concretizem há sempre uma vitória pelo caminho. Não há como se ter tudo que quer, é verdade e mesmo os inatingíveis potes de ouro nos servem de lição. O grande amor não veio, ainda não deu pra comprar aquela casa, concluir os estudos está uma barra, mas não desista. Esteja sempre atenta aos acontecimentos alimentando sempre sua vontade de viver. Há sempre um novo arco-íris por aí em dias de chuva com sol. 

09 janeiro 2015

Poesia



Palavras
vem soltas...
se juntam
ritmadas
no compasso da minha emoção.
Isso é poesia!

08 janeiro 2015

Tempos modernos



Vivemos essa nova geração. Quem diria que poderíamos nos comunicar com tanta agilidade. Facebbok, Whatssap, Skype entre tantos outros recursos virtuais. Uma facilidade e tanto. Lembro-me com carinho quando ainda escrevia minhas cartinhas, colocava-as no correio e esperava ansiosa por semanas pela resposta. Sim, fazia isso, eu juro. Eu e minha prima Juliana contávamos as "novidades" através de cartas escritas de próprio punho, com canetas Bic e nos presenteávamos com os lindos papéis de carta que colecionávamos. Guardo também com carinho as cartinhas escritas pelo meu amado Avô Henrique. Quanta saudade!
Hoje, eu e minha prima trocamos mensagens virtuais pelo Facebook e sabemos em tempo real o que cada uma está fazendo em sua respectiva cidade. A tecnologia tem mesmo suas vantagens. Sabemos quase tudo que nossos amigos e familiares estão fazendo e sentindo.
Mas fico aqui pensando: seria os sentimentos transmitidos com tanta fidelidade? A linguagem informatizada abreviou até os nomes dessas emoções. "Emoticons" tentam decifrar nossas expressões faciais diante das notícias e surpresas do dia-a-dia.
O "rs" virou um lindo sorriso, daqueles que nos tiram do marasmo e da melancolia. Mas há outras formas de demonstrar alegria. Verdadeiro ou não aconteceu um sorriso, mesmo que interno e discreto. Sorrio por dentro.
Já o "kkkkk" ou "hahaha", demonstram uma alegria mais intensa, um riso solto e alto, desses de doer a barriga. "Bj" é um carinho tão bom, que mandamos para aqueles a quem gostaríamos mesmo de demonstrar esse afeto. Há também o "bjo", que pode indicar algo mais íntimo. Aquele "o" me parece mesmo uma boquinha aberta. Seria beijo na boca?
As mais variadas formas foram criadas para facilitar nosso contato, escancarar nossos sentimentos e validar nossas emoções. Reais ou virtuais, o contato traduz algum sentimento válido. Apesar de nada substituir o olho no olho, cara a cara, coração com coração, estamos de alguma maneira ligados as pessoas que amamos com a rapidez que sempre desejamos.
Podemos estar de férias, mas estamos presentes. A distância é mesmo longa, mas notificação pode ser ouvida. Carinho e presença não são desperdiçados. Estamos ali. Podemos não estar ouvindo o coração bater e nem sentindo o toque das mãos, mas estamos sempre por perto em cada situação. Bom? Mal? Depende, cada um tem sua opinião. Não importa. O que realmente importa nem sempre está ao alcance das mãos.

Memórias de Carol...



Porque o que mais importa, até ela já aprendeu:
"São as memórias, não é mãe?"
"Sim filha, as memórias, as boas lembranças!"

Fuga


Se não há como fugir dos pensamentos...
Escreva...
Fuja das dores, perpetue amores, esvazie-se do fél ...

02 janeiro 2015

O fim



E o fim começou assim, na tentativa hilária de driblar o mau humor. Paradoxos que parecem irremediáveis, mas tem remédio. Então alguma coisa invade nossas mentes cansadas, nossas bocas caladas, nossas sensações inacabadas. Afastamo-nos para fugir do óbvio que nos persegue. Tumulto. Emoções emaranhadas na tristeza de se ver só depois de tantas histórias e lembranças. E o fim nunca termina. porque há em nós o embrião de um recomeço gerado na esperança de encontrarmos a paz. Comunhão não somente de corpos que se atraem, mas de mentes que se admiram. Seguimos então esse rastro deixado pelo tempo e caminhamos na ânsia de ver novamente o sol nascer, sem lágrimas, sem dor.

Remendos


Sinto-me assim. Sei lá. Mesmo diante de tanta adversidade, acredito sempre que tudo pode se resolver. Sou daquelas que não desiste e acredita sempre que tudo tem conserto. Há sempre um remendo. Pega a cola instantânea, a fita crepe, o durex largo. Quem sabe dá certo, fica de novo aproveitável.Amarra daqui, cola dali e brinca mais um pouco.
Com as bonecas, na infância, era assim. Rasgou, costura. Descolou cola.Amassou, desamassa. Meu pai me ensinou que sempre tem um jeitinho. Não dá pra jogar fora assim.
Assim cresci , acreditada, esperançosa e confiante de que nada está definitivamente perdido. Sempre podemos consertar. Tradições familiares. Não consigo abandonar uma coisa pelo caminho.
Me apego mesmo, dou nomes as minhas coisas (meu transformes que o diga...rs), escolho trilhas sonoras aos momentos vividos, tenho mania de registrar as situações, faço diários, coleciono papel de bala, beijo dedicatórias (as do Ziraldo, com certa frequência), coleciono objetos, amo meus bichinhos. Ah... coisa de gente que acredita que os remendos servem pra prolongar sentimentos.
Então que sejam feitos todos os remendos possíveis. Costuro minha colcha de retalhos alinhavando sonhos com as linhas de ouro das tradições que cultivei.