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28 novembro 2015

A minha, a sua, a nossa...


Há milênios o homem sentiu a necessidade de fazer seus registros. Nas rochas ou em tábuas de argila, essa necessidade tornou-se tão essencial que nasceu assim a escrita. Essa foi se aperfeiçoando ao longo da história. Aqui estamos nós, diante de nossos computadores, digitando e tornando real nossos pensamentos, nossas ideias, nossos sonhos e desejos.
A importância dessa forma de comunicação entre as pessoas existe há tanto tempo e fico aqui imaginando o que seria de nós se não houvesse esse manifesto tão pessoal e ao mesmo tempo tão público. Ao escrever colocamos para fora aquele nosso pedaço que transborda e que nem sempre teríamos coragem de fazê-lo com a linguagem falada.
E nesse contexto surgem então os mais variados gêneros que tanto encantam a nossa vida. Se não houvesse a escrita o que seriam das histórias de amor? Se não houvesse a escrita o que seriam dos grandes poemas e canções? Se não houvesse a escrita o que seriam dos registros históricos de um lugar?
Essa necessidade quase física nos transporta para um mundo que não conhecemos e nos faz absorver uma realidade que tanto precisamos para enfrentar o mundo. A escrita nos lapida, amplia nossos horizontes e desenvolve a nossa sensibilidade e altruísmo. Ela nos aproxima daquilo que é essencial. Ela comunica e encanta aos olhos daqueles que reconhecem o seu grande poder. Nasce a cada dia, das mãos daqueles que se atrevem a escrever, uma nova chance de espalhar aos outros cultura, entretenimento e informação.
Dos mais variados veículos de comunicação o jornal sempre foi o meu parceiro. Aprendi e aprendo com ele que somos mais que uma rotina de apressados momentos, somos uma história! Quando tenho a oportunidade de reler antigos jornais locais em artigos de grandes escritores, reforço a crença do tamanho da importância dessa publicação.
Mais um jornal nasce na terra da Padroeira do Brasil entre tantos outros que já circularam por aqui. Nasce mais um sonho desses atrevidos que insistem em partilhar com o mundo aquilo que tanto povoa suas mentes e corações. Uma nova oportunidade de trazer aos Aparecidenses um pouco mais, acrescentando e enriquecendo nossa vida.
Está aí mais uma manifestação dessa necessidade latente que há milênios já existia. Porque o que se registra, seja no barro, na rocha ou nas páginas de um jornal se perpetua. E essa história deixa de ser minha ou sua e passa a ser nossa. Nossa história em papéis que um dia ficarão amarelados, mas que jamais deixarão de existir.