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28 janeiro 2016

Fim...

É rápido, apressado, ágil e frágil. Essa coisa de morrer atormenta minhas ideias  e na intensidade de tudo que sinto, vejo passar por mim essa brevidade que chamo de vida. Um dia aqui e no outro sabe-se lá onde. Inertes, nos despedimos de tudo aquilo que fomos, fizemos e sentimos. E então, analiso que tantas coisas pelas quais me queixo deixa de fazer sentido. Partimos dessa pra melhor (melhor?) nos afastando de todos a quem amamos. Cada qual a seu lado, vida e morte. Nada mais poderá ser feito. 
Fatalidades dolorosas. Não adianta gritar, espernear, chorar, sofrer. O tempo se esgota. Nada mais poderá ser compartilhado. 
Repenso assim algumas atitudes, algumas palavras proferidas sem pensar, as que foram ditas e pensadas demais (sim, porque algumas pensei demais, tardeou...) e observo alguns arrependimentos e outros tantos alívios. Percebo que fiz tudo que pude, o que foi possível ser feito nessa ânsia de não deixar escapar mais nada.
Nas cenas dos próximos capítulos, continuarei seguindo as ordens do meu coração. Ele que manda em tudo mesmo.
Não faço a menor ideia de quanto tempo ainda me resta, pode ser hoje, amanhã ou daqui 20 ou 30 anos, sei lá, mas vou seguir sentindo demais, falando demais, amando demais, tudo exageradamente eu. Afinal, o que tenho a  perder? Só a glória de poder respirar, abrir os olhos e existir. É tudo tão rápido que não dá para sentir devagar. Tenho pressa de viver.
Sou finita. Então tento deixar essa história um pouco mais bonita.
E fim.

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