Gosto de um café
quente, mas tolero os mornos também, desde que seja saboroso assim como os dias
felizes. Gosto de um café forte, mas tomo os fracos também, desde que sempre
tenha um à disposição, trazendo gosto pela vida.
Gosto dos cafés doces,
mas aprecio os amargos também. Na vida nem sempre o doce permanece e os amargos
são indispensáveis para aprender a conhecer novos sabores. Gosto do café em
xícaras, mas não o dispenso em um copo americano. Toda e qualquer forma de
recipiente trará o mesmo bom conteúdo, que é o que realmente importa.
Gosto do café puro,
mas aprecio também um café com leite. Compreender que podemos fazer misturas
para gostar de outra forma é essencial. Sozinhos talvez não conseguiríamos
encontrar aquilo que tanto precisamos.
Vez ou outra gosto de
um expresso. Forte, espumante e sofisticado. Merecemos sim esse requinte, que
não significa tanto assim, mas nos faz sentir especiais.
Assim que coado,
espalha-se além do delicioso aroma, o convite ao bom papo, às gentilezas e a
atenção. Como o café deveriam ser os amores. Deveriam ser as relações. Deveriam
ser as amizades. Todo e qualquer tipo de relacionamento entre pessoas. Gentis e
amáveis como um bom cafezinho. Bebida típica de nosso país, oferecida com a
atenção e gentileza que todos nós merecemos.
Quente ou morno, doce
ou amargo, forte ou fraco, em xícaras ou em copos de requeijão, puro ou com
leite, com ou sem requinte. Apenas presentes nos dias, trazendo o sabor a nossa
rotina.
Sinto falta de muita
coisa, inclusive de um bom café.
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