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08 dezembro 2015

Confesso


Não foi declaração.
Foi confissão.
Um quase que permanecerá incerto.
Um caminho sem destino.
Um encanto sem encontro.
Um desejo sem coragem.
Um fascínio sem lógica.
Uma espera sem esperança.
Uma nostalgia sem lembrança. 
Um pra quê sem porquê.
Uma rua sem saída.

Uma música sem notas.
Uma palavra sem voz.
Um pensamento sem freio.
Um barulho no silêncio. 
Um poema sem rima ou uma rima sem poema?
Não.

Foi só uma inspiração sem explicação.

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